quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eu sou poeta?

 
Sei lá!
Talvez eu seja um frade
Quem sabe um padre
Não sei se escrevo bem
Apenas me expresso através de frases

Talvez eu seja poeta
Por que?
Porque não tenho medo de escrever
Mas, talvez pra ser poeta
Alguém tenha que gosta de ler
Mas, se ninguém gostar de ler?
Eu não serei mais poeta?
Um poeta eu não vou ser?

E que tal eu não rimar os meus versos?
Que tal escrever pra quase ninguém entender?
Talvez assim eu me torne um poeta
Um bom poeta eu poderei ser

Mas, eu não tenho esse dom
E mesmo assim quero escrever
Eu preciso, eu necessito, eu gostei
E agora o que vai ser?
Eu não poderei ser um poeta?
Um poeta eu não poderei ser?

Já sei!
Vou pedir autorização a Sociedade dos Poetas Verdadeiros.
Mas, se eles não me derem?
Ah! Lembrei!
Eu tenho direito de ir e vir.
Hum? Isso mesmo!
Posso transitar entre a loucura e a normalidade.
Ou seria normalidade e normalidade?
Sei lá!
Tenho o direito da livre expressão!
Direito de “abri” meu coração.

Entre a normalidade e a loucura
Desta maneira sentir prazer
E como eu não ligo pra critica
Posso dizer:
Que não vou perder a rima
E continuar a escrever.
E quem sabe um dia
Um bom poeta poder ser

 (Rodrigo Pita)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O ÓBVIO


 

Em uma escola muito heterogênea, onde estudam alunos de várias classes sociais, durante uma aula de português, a professora pergunta:

- Quem sabe fazer uma frase com a palavra "óbvio"?

Rapidamente, Luana, menina rica, uma das mais aplicadas alunas da classe, respondeu:

- Prezada professora, hoje acordei bem cedo, depois de uma ótima noite de sono no conforto de meu quarto. Desci a escadaria de nossa residência e me dirigi à copa. Depois de deliciar-me, fui até a janela .
Percebi que se encontrava guardado na garagem o automóvel BMW do meu pai. Pensei com meus botões:

- É ÓBVIO que meu pai foi ao trabalho de Audi.Sem querer ficar para trás, Luiz Cláudio Wilson, de uma família de classe média, acrescentou:
- Professora, hoje eu não dormi muito bem mas consegui acordar assim mesmo, porque pus o despertador do lado da cama. Levantei meio zonzo, comi um pão meio muxibento e tomei café. Quando saí para a escola, vi que o fusca do papai estava na garagem. Imaginei:
- É ÓBVIO que o papai não tinha dinheiro para gasolina, foi trabalhar de busão.
Embalado na conversa, Wandercleison Maicon Jáqueson, de classe baixa (é óbvio), também quis responder:
- Fessora, hoje eu quase não durmi, porquê teve tiroteio até tarde na favela. Só acordei de manhã porquê tava morrendo de fome, mas não tinha nada pra cumê mesmo... quando olhei pela janela do barracão, vi a minha vó com o jornal debaixo do braço e pensei:

- É ÓBVIO que ela vai cagá. Num sabe lê...



É engraçado, mas também é sem graça. Essa não é a realidade predominante na favela não. Esse corno que escreveu isso é um sacana. E quem disse que quem mora em favela tem esse nome "europerizado" rídiculo? E quem disse que favelado não sabe ler. É bom ter muito cuidado com e-mails que aparecem de maneira engraçada e despretenciosa, mas que reforçam toda uma cultura discriminatória que tem neste país.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quebrando Paradigmas


No dia 11/08/09, o meu professor da disciplina Processos decisórios pediu que cada equipe da minha turma fizesse uma pesquisa sobre paradigmas que foram quebrados. Ontem,(13/08/09), houve à apresentação das equipes, as quais levaram diferentes exemplos de paradigmas que foram quebrados. Achei muito interessante a discussão que aconteceu na sala, só pra se ter uma idéia, as equipes falaram de paradigmas desde Copérnico(A terra não é o centro do universo) até Edir Macedo(Igreja Universal, o "santo mentiroso"), bom eu gostei tanto das discussões em sala que a partir de hoje publicarei aqui e farei um comentario sobre alguns paradigmas.
Antes de falar do paradigma de hoje, devo lembrar que os meus comentários não são de um especialista nem é de censo comum, darei uma opinião pessoal, mas baseada nos meus conhecimentos.

Para quem não sabe o que é PARADIGMAS ai vai o conceito.

Paradigma (do grego Parádeigma) literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas. (Fonte: Wikipédia).

"Conjuntos de crenças ou verdades relacionadas entre si" (Fonte:possibilidades.com.br)


Agora que já sabemos o que é PARADIGMA, começarei com um Paradigma bem antigo, mas que aos poucos vem sendo quebrados.

POR QUÊ É TIDO COMO COMUM OS HOMENS SAIREM COM VÁRIAS MULHERES E FEIO PARA AS MULHERES SAIREM COM VÁRIOS HOMENS?
Esse é um Paradigma que ainda não foi quebrado totalmente, mas depois darei alguns exemplos de como esse paradigma irá cair por terra.
Bom, para saber porque isso acontece é preciso apenas saber um pouco de história, a maioria das pessoas hoje sabem que a maioria dos preconceitos que fazemos das mulheres vem da época da sociedade religiosa e patriarcal. Todo nosso machismo e preconceito é apenass uma reprodução sucessiva da sociedade machista dominante. Essa reprodução de muitos anos atrás nos guiou a essa "verdade" que não é natural. Repetiram tanto isso pra gente que é muito dificil aceitar certas coisas com ralação as mulheres. Só para dar um exemplo sobre isso, eu desafio qualquer pessoa a aceitar naturalmente que uma FILHA namore com vários homens, e que não ache natural um FILHO ficar com várias mulheres, eu desafio qualquer pessoa porque até as próprias mulheres foram educadas a acreditarem nas mesmas coisas.
Mas, como esse paradigma é uma "verdade" que vem sendo quebrado aos poucos, eu poderia citar milhares de pessoas, mas vou citar apenas duas que vem ajudando a quebrar essa coisa paragmática: IVETE SANGALO e MADONNA. Tempos atrás, acho que essas duas estariam na forca, mas hoje essas duas mulheres falam com maior naturalidade que já ficaram com vários homens e o preconceito enquanto a isso vem se desmoronando. Além delas duas, existem milhões, é só olhar para o lado, e você com certeza, conhecerá uma mulher que já ficou com vários homens e falam sobre isso com a maior naturalidade. Eu não quero com essa discussão dizer o que é certo ou errado, pois cada um elabora sua própria concepção de vida, a minha intenção é instigar uma discussão que geralmente as pessoas não conversam por medo ou por vergonha, e quer saber, isso também é um paradigma, VAMOS QUEBRÁ-LO, deixe seu comentário!

POR QUE É TIDO COMO COMUM QUE OS HOMENS PAGUEM AS CONTAS E AS MULHERES NÃO?

" Ela me deu o coração, me deu carinho, me deu seu tempo, me deu amizade, me deu seu amor, só se negava a pagar a minha conta" (Rodrigo Pita)

" Pra mim o censo comum é o mais comum dos paradigmas" (Rodrigo Pita)

Primeiramente queria agradecer as pessoas que comentaram a última postagem sobre paradigmas, também me mandaram comentário por e-mail e até me deram sugestões.

Bom gente, o nosso novo paradigma vai continuar com a mesma linha de raciocínio entre homens e mulheres, porém os papéis vão se inverter... A nova pergunta é:

POR QUE É TIDO COMO COMUM QUE OS HOMENS PAGUEM AS CONTAS E AS MULHERES NÃO?

A razão ainda continua muito distante, na sociedade religiosa e patriarcal. O homem “chefe” da casa tinha que sustentar a família e as mulheres cuidar dos afazeres domésticos e blá, blá, blá. A sociedade evoluiu e as coisas mudaram muito, quer dizer em alguns aspectos, por exemplo: Hoje 33% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres, porém os afazeres domésticos em sua grande maioria ainda são feitos por elas. Uma coisa também não mudou muito, o nosso paradigma. Apesar das mulheres estarem ganhando cada vez mais seu espaço na sociedade...Empregos que só os homens ocupavam, salários melhores, etc, etc. Daí agora eu provoco - Por que a maioria das mulheres acham que é feio pagar a conta do homem? Aí você poderia responder: - Por que elas apenas vem reproduzindo o que a sociedade patriarcal e machista impuseram no passado até hoje.

Mas, daí eu rebato - Já não foram desfeitos muitos destes preconceitos machistas?

- Sim, claro que sim. Então por que as mulheres e (os homens bobos ) insistem em manter esse paradigma?

Rapaz, sinceramente eu fico sem entender, tudo são direitos iguais, mas na hora que fala em mulher pagar a conta para o homem.... Se liga só, nas bombas que a maioria delas jogam: (Sou mulher feia pra pagar conta de homem?). – (Vou dar vida boa a gigolô). – (Homem que se preze tem que pagar a conta). Não pára por ai não, isso é só, para relembrar a quem estivesse duvidando do que estou falando que se lembrasse uma dessas frases.

Pois é, até quando vai perdurar esse paradigma? Eu tenho uma sugestão. Nós homens, temos que reivindicar nossos direitos, vocês homens dos tempos das pedras que ainda se acha o máximo porque estar pagando a conta, estar na hora de mudar esse conceito. Quero ver quando você estiver duro em casa, na maior maresia, querendo curtir um reggae, mas não tiver grana. Quero ver se você vai ficar em casa de “boresta” porque você é o "HOMEM" e sua namorada que ta com “bala na agulha” não pode pagar a conta porque é mulher. Quero ver até quando vocês vão ficar nessa.

Também quero ver quando vocês mulheres vão reconhecer neste sentido que os direitos são iguais, é OS DIREITOS SÃO IGUAIS, LEMBRA?! Porque pra tudo é igualdade menos para pagar a conta dos homens, ainda mais agora que estão ganhando mais que a gente. ABAIXO O PARADIGMA DA CONTA!

Por que as mulheres usam brincos?


Outro dia, fui com minha filha no cinema. As vezes eu me pego olhando para ela e pensando “poxa, eu sou pai dessa menina”, sei lá, é uma sensação esquisita, como se não estivesse ainda “caído a ficha” que realmente eu sou pai. E olhe que já se vão sete anos.

Enfim, essa pequena introdução é para dizer da onde veio a idéia de escrever sobre este paradigma. Nesse meu delírio de me imaginar como pai. Eu reparei nos brincos de minha filha, daí eu comecei a refletir por que as mulheres usam brinco?

Neste momento deixei de prestar atenção no filme e me veio uma tempestade de idéias. Pensei em religião, lembrei-me dos índios, mas lembrei que os homens nas tribos também usam brinco, lembrei que li alguma coisa sobre marcar escravos, pensei também que pudesse ter vindo das deusas gregas. Enfim, das muitas suposições, sinceramente não sei de onde vem a história de mulheres usarem brinco, se bem que é bem comum homem usar brincos hoje em dia, mas ninguém coloca brinco em um guri quando ainda bebê, porém as gurias com certeza.

Pensando em bebê, imaginei que a história do brinco seria para diferenciar os bebês, já que, quando nenenzinho fica meio difícil de distinguir o sexo.

Já que preferi acreditar mais nessa lógica empírica, acabei meio que descartando a história da religião, pois acredito, que se , por ventura, Deus pedisse que mulher usasse brinco, ele teria feito as mulheres com furo nas orelhas. A não ser que essa fosse mais uma forma de castigar as mulheres por ter comido a maçã.

Apesar de gostar da idéia da DIFERENCIAÇÂO, a idéia dos escravos também me pareceu lógica. Por que? Simples. Sempre ouvir dizer que a mulher tem que ser submissa ao homem, que a mulher é um bem do homem. Percebeu? Escravo=Mulher, Escravocratas=Marido(em outros tempos). Hummmmmmmmm...acabei de perceber que não se pode descartar a religião não. Quero dizer, lá em cima eu dei um exemplo falando de Deus, mas agora me refiro a religião propriamente dita. Pq? Simples. Sociedade Patriarcal e Machista = Religião.

Se eu tivesse pensado nisso antes, acho que não deixaria furarem a orelhinha da minha filha. Coitadinha, deve ter doído.

AH! Quantas dúvidas! E você...O que pensa ou sabe disso?

Frases Curtas

Venci o invencivel! Tirei a vida da morte!
(Rodrigo Pita)


Amei a pátria. Trair os meus!
(Rodrigo Pita)

Nas letras da revolução encontrei meu ideal.

Nos versos revolucionários encontrei minha paixão.

Na morte do sonhador. Nasceram meus sonhos.

(Rodrigo Pita)

O que estamos assistindo

DESABAFAR: Do dicionário RUTH ROCHA: 1.Desagasalhar, descobrir. 2. Expor ao ar, arejar. 3.Dizer ou manifestar o que pensa. 4.Desafogar-se.

Ô palavrinha mais últil para explicar o motivo deste novo marcador. Acho que tudo o que faço ainda é muito pouco diante de tanta injustiça, enganação, alienação, humilhação que passamos.
Depois dos paradigmas que venho publicando, postarei reflexões pessoais a respeito do que vem acontecendo de rídiculo na nossa sociedade. Se essa é mais uma ferramenta que tenho, então que seja. A partir de agora irei:

Desagasalhar minhas mágoas
Descobrir minhas feridas
arejar o virus da minha ira
Falar o que penso
Desafogar o que angustia meu peito.

Para começar: TV Beneficio ou Malefício?

Existe um milhão de maneiras de manifesta-se contra as injustiças e demais coisas que citei anteriormente, mas irei utilizar essa ferramenta pra continuar minha missão, meu objetivo neste mundo. Na verdade eu queria sair por ai gritando pra todo mundo ouvir, porém iriam me chamar de louco. Se bem que neste mundo de iguais, eu prefiro ser louco, como diz RAUL: "A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal".

Queria alertar a minha população para refletir sobre alguns programas de televisão. Caramba, não páro mais de ouvir as pessoas falarem de uns tais programas da Tv Aratu e da Tv Itapoan chamados NA MIRA e SE LIGA BOCÃO. Bom, eu não costumo assistir televisão, mas pra conferir comecei a assistir estes programas pra ver o que havia de novo, já que todo mundo comentava.
Nossa! Eu sinceramente não acreditei, o que faz, quase todos os dias, as pessoas sentarem na frente da televisão para assistir isso. Deus! Lembrei-me imeditamente do poeta Castro Alves em um dos trechos de sua poesia Navio negreiro que diz: Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me voz, Senhor Deus, se eu deliro...ou se é verdade, tanto horror perante os céus?!
É claro que ele falava do horror da escravidão, mas eu também falo do horror televisivo que escravisa nosso povo. Meu Deus! As pessoas simplismente estão amando assistir dois programas que mostram, negros e negras de baixa renda; esquartejadas, ensanguentadas, pessoas sem cabeça, isso mesmo, sem a cabeça. Todo tipo de horror mostrando o nosso sangue na televisão. Eu tenho então me perguntado: Viramos vampiros?! Não tem outra explicação.
Esses programas mostram pessoas mortas ou violentadas de todas as maneiras, segundo o que eles mostram e dizem, essas pessoas seriam ladrões, assassinos, traficantes. Todos ou 99% são favelados*.(Uso esse termo pq dentro das comunidades Favela não é dito como pejorativo).
Longe de mim defender o crime, mas será que essas pessoas não têm familia? Mesmo se não tiverem, será que é isso que queremos ver na televisão agora? Será que as pessoas que gostam de assistir este tipo de programa, já se perguntaram; E se fosse alguém da minha familia? E mais... Por que será que só mostram os negros e pobres? Será que, por ventura, morrer um rico e branco, sendo este marginal, será que essas emissoras irião mostrar aquelas cenas horriveis desta pessoas mortas?
Meu Deus! Meus Deus! Nós gostamos de sofrer? Ainda não nos acostumamos a ter direitos depois da escravidão? Temos cede de miséria? É bom ver o sofrimento do nosso povo? Respondando-me por favor! Porque eu não consigo entender. Que povo mais alienado e desunido. Desunido mesmo! Eu já li em algum lugar, acho que na explicação do suicidio que um dos povos mais unidos que existe são os Judeus, isso devido ao Holocausto, depois disso, segundo o autor, há uma grande união deste povo hoje. E nós negros, pobres, favelados, será que os anos de escravidão não nos ensinou nada? Será que toda essa condição miserável que vivemos não nos ensinou nada? Parem pra pensar... Parou? Por que será que com os politicos corruptos fazem piadas e charges engraçadas? E com um ladrão ou traficante de favela pedem pena de morte? Nossa! Me diz quem é o pior dos dois? Se vc diz que os dois são iguais, eu digo que você estar errado! Os traficantes e ladrões são meros frutos da corrupção destes "sempre inocentes", como já dizia um trecho de uma poesia.

ASSISTAM O FILME AMISTAD!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

CONTOS

Eram oito jovens, que saindo da praia, resolveram ir a uma pequena floresta para colherem mangas. Essa pequena floresta era conhecida como ROÇA DAS FREIRAS. Era um lugar muito conhecido pelos mitos e lendas que os mais idosos contavam. Histórias que deixavam os garotos arrepiados. Diziam os mais idosos que ali já havia aparecido caipora lobisomem, cobras gigantes, etc.

A Roça das Freiras era uma área federal protegida por vigilantes de dia e de noite, mas isso não impedia que os garotos por inúmeras vezes adentrassem naquela mata para caçarem sariguês, pássaros, colher frutas, etc.

Desta vez eles estavam ali para colherem mangas, pois voltaram da praia com muita fome. Estava na época da fruta e o lugar era repleto de mangueiras: mangas rosa, espada, mangas de leite, diversos tipos de mangas.

Quando os garotos entraram na floresta resolveram ir ao lugar onde predominava a manga espada, o lugar ficava mais escondido e mais afastado da visão dos vigilantes. Escolheram este lugar também porque a manga espada era a preferida deles.

Andaram então pelo meio do matagal e no meio do caminho decidiram bifurca-se. Um grupo de três garotos foi para o pé de jenipapo, este grupo era liderado pelo mais velhos deles, Reginaldo, mais conhecido como Barroso. Os outros dois eram Renato e Luciano (LU).

Do grupo que seguiu para as mangueiras foram cinco, os mais velhos: Mauricio (passarinho), Nival (Bulu), Gilson (Ovo de Bode) e os menores: Rodrigo (Borô), irmão de Bulu e Davi (Bomba) primo de Borô e Bulu.

A fome deles era tão grande que Bulu subiu na mangueira em um piscar de olhos.

Bomba e Borô foram guardar os pedaços de pranchas que estavam na mão para poder pegar as mangas que Bulu iria jogar de cima da árvore, Ovo de Bode procurava as mangas que caiam de maduras, já passarinho foi fazer uma pequena necessidade atrás de uma moita, ele sempre dizia que ficava muito entornado quando não podia comer o que seus olhos queriam, então sempre que adentrava nos matagais para colher frutas, corria para uma moita para esvaziar a barriga e desta forma poder satisfazer seus grandes olhos famintos.

À uns 150 metros dali, Lú e Barroso já haviam subido no pé de jenipapo, enquanto Renato aguardava embaixo para pegar as frutas que os outros dois jogariam.

Estava tudo ás mil maravilhas, até que Passarinho quando já estava se limpando com uma folha de uma planta qualquer, pressentiu algo diferente e apressou-se em alertar a turma:

- Galera! Estar rolando alguma onda diferente aqui perto vu véi. Eu ouvir uns barulhos estranhos!

Bulu que estava todo empolgado com o olhar fixo nas grandes mangas espadas fez pouco caso.

- Que nada rapaz, deve ser algum daqueles vigilantes fazendo ronda por ai, devido ao show do Olodum que estar tocando hoje aqui. Falou Bulu já se adiantando atrás de uma manga que havia avistado. Porém Borô ficou em estado de alerta, pois imaginou que o barulho poderia ser um dos bichos lendários que os mais velhos contavam que existiam ali.

Já era a décima folha que a plantinha perdia para que Passarinho pudesse se limpar. De repente, levou outro grande susto e alertou a turma:

- Rapaziada estar Rolando alguma onda doida ai vêi! Apressou-se então em levantar rapidamente o calção, quando o calção estava na metade das pernas... Avistou o terror, por pouco não defecou de novo de medo. Seu corpo ficou paralisado, o máximo que conseguiu fazer foi erguer todo o calção. Daí nenhum dos seus membros já não o obedeciam.

Borô teve a mesma sensação de terror, Em um impulso repentino o corpo teve a reação de sair correndo, mas algo prendia seus pés no chão, o coração batia acelerado, o corpo entrou em estado de inércia.

Bulu que estava em um galho muito alto e de difícil acesso, sentiu o ar lhe faltar, pensou em ficar escondido atrás de um galho, mas não o fez, ficou ali paralisado esperando o que iria acontecer.

O mesmo aconteceu com Ovo de Bode e Bomba, ficaram ali petrificados, desejando nunca estarem ali naquele momento.

Do outro lado da floresta, Lu e Barroso eram verdadeiras estátuas, suas aparências ficaram fantamasgórica, no mesmo momento, Renato corria em disparada por dentro do matagal, parecia um atleta, buscando ouro na olimpíada, sentia-se como uma presa correndo do predador.

Naquele momento o mundo para todos eles havia parado, dava para ouvir a batida dos seus corações e o arquejar de suas respirações ofegantes em tamanha tensão que os circundavam. Todos os pensamentos misturavam-se com o medo e a incerteza, arrependiam-se amargamente de estarem ali.

- Pule! Pule! Gritava uma voz irritada quando avistou Bulu na árvore.

- Todos juntos! Mãos uns nas costas dos outros! Exclamava outra voz com toda autoridade

Do outro lado, ecoava a mesma frase que a pouco ordenava para Bulu pular da árvore, mas essa com muito mais furor:

- Pule! Pule sua disgrama vamos!

Barroso tentava descer com cuidado, mas a voz que vinha de baixo exclamava com mais furor e intensidade, fazendo os seus braços tremerem tanto a ponto de quase despencar da árvore.

- Pule! Pule! A voz bramava com mais furor.

Utilizando toda sua esperteza, e desafiando aquela voz estridente, ia descendo pouco a pouco, mas quando estava na metade da árvore a voz foi tão estridente que seu corpo parecia ter criado vida própria, então de uma só vez, deixou o braço desvencilhar-se da árvore indo diretamente de encontro ao chão.

A situação de Lu era um pouco mais complicada, estava em um galho de difícil acesso. Ele podia sentir o grave daquela voz estourando seus tímpanos, o coração parecia que ia sair pela boca, ele sabia que não podia pular daquela altura, porém o medo daquela voz era maior do que se emborrachar no chão. Por pouco ele não pulou, mas preferiu com todo o seu temor, desafiar a voz, até que pudesse chegar a uma altura que lhe desse mais segurança para pular. Foi descendo com cuidado, as lágrimas queriam escorrer pelos olhos, mas ele relutava a chorar. Nasceu no meio de pessoas que o ensinavam que homem não chora. Quando estava quase na metade da árvore sentiu uma matéria dura atingir-lhe a cabeça. Sua coragem já não era mais a mesma, teve coragem, mas não de continuar desafiando a voz, teve coragem de pular da árvore sem medir as conseqüências. Deu um impulso e pulou.

Nas mangueiras, Bulu tinha feito o mesmo que Barroso e Lu, chegou na metade da árvore e pulou. Ao levantar juntou-se ao outros garotos, que estavam em fila indiana, aguardando impacientes o que viria a acontecer com eles.

- O que é que vocês estão fazendo aqui? Perguntou a voz estridente do comandante da policia militar daquela guarnição.

- Estamos arrancando mangas! Responderam em uníssono os garotos.

- Vocês plantaram alguma coisa aqui, suas desgraças, para estarem arrancando?! Com toda a cólera repreendia-os o comandante.

Nenhum dos garotos arriscou-se a dizer mais nada.

O comandante cada vez mais ia praguejando, berrando, vociferando, como um furacão aterrorizador.

Os garotos só ouviam de cabeça baixa.

Nessa, época nem os bichos mais assustadores que as pessoas mais velhas contavam que existiam naquela floresta, faziam tanto medo como os policiais. Não havia essa pessoa na comunidade que não tivesse medo de policia. Todas as vezes que aqueles homens fardados entravam no bairro, era o maior corre-corre. Os familiares dos jovens sempre os aconselharam para que eles voltassem imediatamente para casa, quando avistassem a policia chegando.

De repente, os garotos avistaram duas pessoas ao longe andando naquela direção, não dava para identificar quem eram. Foi quando Bomba numa reação inesperada gritou:

Lá vem mais dois lá ó!

Os outros o olharam em reprovação, pois achavam que as duas pessoas que vinham naquela direção eram os seus amigos que foram ao pé de jenipapo, e não só por isso, também revoltaram-se porque, dedo duro, na comunidade, eram considerados como vermes.

Com um trejeito muito rápido, os policiais viraram-se para verificar se era verdade o que Bomba havia dito.

As duas pessoas, eram dois policiais, um era negro, alto e musculoso, parecia mais o Incrível Ruque, carregava uma arma muito temível e cobiçada. A chamada 12 (doze), muito conhecida por ser usada pelos heróis nos filmes de ação.

O outro policial era branco e franzino, parecia Charles Chaplin em filme de terror, carregava uma arma gigante, maior que ele.

Os dois policiais cumprimentaram o comandante e ficaram conversando por um tempo, enquanto os garotos ficaram ali parados impacientes desejando que aquele dia não passasse de um pesadelo. O comandante então voltou-se para os garotos, berrou mais alguns palavrões e fez um sinal para o Incrível Ruque. Esse aproximou-se dos garotos e exclamou:

- Já matei dois ali, agora vou matar vocês três. Os três a quem ele se referia eram os mais velhos; Bulu, Ovo de Bode e Passarinho.

Duas tristezas simultâneas envolveram os seus corações; a primeira foi que imaginaram que os dois que o policial havia dito ter matado, deveria ser seus amigos que foram ao pé de jenipapo. A outra tristeza era de imaginar que a qualquer momento estariam mortos.

Borô pensou em seu irmão, não poderia imaginar que aquilo estivesse acontecendo, alguém iria acabar com a vida da pessoa que mais admirava, a impotência de não fazer nada para defendê-lo, deixou com lágrimas nos olhos.

O Incrível Ruque ergueu sua arma, dobrou-a ao meio, retirou do bolso três balas enormes. Borô ficou impressionado com o tamanho daqueles projeteis, só havia visto aquilo nos filmes.

O policia levantou a arma apontou na direção dos três destinados. As pernas de Borô tremiam tanto que chegava a bater uma na outra, era difícil pra ele até manter-se em pé de tanto tremer.

O comandante fez sinal para o outro policial aproximar-se dos garotos, caso eles quisessem fugir, este ficou bem próximo de Borô.

O Incrível Ruque escalou a arma, fez cara de monstro e de repente...

CATAPUM...!

O policial que estava perto de Borô tacou-lhe um cascudão na cabeça e seguindo a fila, foi dando cascudos em todos os outros garotos, até chegar em Bomba.

Quando o policial levantou a mão para dar um cascudo nele...

- BUÀ! BUÁ! Bomba abriu a choradeira como um bebezinho, o policial apontou a arma na cabeça dele e disse:

- É o quê seu filadaputa?! você nem apanhou e já estar chorando?!

Bomba numa fração de segundos engoliu o choro. O policial deu um cascudão na cabeça dele.

O comande então ordenou:

- Ói! Eu vou contar de um até três e quem ainda tiver na minha frente vai levar chumbo:

- 1...

Ao ouvir o 1, os garotos saíram numa disparada alucinante, Bomba quando deu a partida levou um pontapé na bunda, saiu catando ficha e o policial caiu na gargalhada.

- Pega! Gritou o comandante dando risada.

A correria foi tanta que ninguém queria perder sua posição, Borô escorregou na lama, ainda no chão abriu os braços para que ninguém pudesse ultrapassá-lo. Levantou-se rapidamente e saiu em disparada.
CAÇADORES DE MANGA


Em meio a correria, todos começaram a rir sem parar, não sabiam porque estavam rindo, talvez o alívio de terem escapado daquela situação.

Mais aliviados, já fora da floresta, lembraram-se dos três amigos que foram para o pé de jenipapo, decidiram então, ir atrás dos pais deles para avisar o ocorrido. No caminho para casa avistaram Lu e Barroso. Correram de encontro uns aos outros em meio a gargalhadas. Contaram tudo que havia acontecido com eles. Barroso falou que quando os policias mandaram eles correrem, arremessaram jenipapos nele e em Lu, Barroso falou ainda que quando ele pulou da árvore havia caído em cima das folhas de cansanção( planta venenosa que irrita a pele), foi fácil de identificar, pois seu corpo estava todo marcado pelo veneno da planta.

De repente notaram que ainda faltava alguém, Renato. Barroso disse que Renato havia corrido quando os policias chegaram.

No caminho de casa algumas pessoas falaram para ele que Renato tinha ido pra casa, era engraçado como todas as atenções estavam voltadas para eles, pareciam artistas famosos. Algumas pessoas haviam sido alertadas por Renato o que havia ocorrido, então rapidamente espalharam a noticia no vento.

Ainda no caminho de casa, iam relatando os detalhes daquela aventura sinistra, vez ou outra caiam na risada com alguns relatos, como no exemplo do choro e o pontapé que Bomba havia levado.

Quando chegaram na rua onde moravam, todos já sabiam o que tinha acontecido, menos os seus pais e os vizinhos, pois Renato, foi para casa da tia onde sua mãe estava. Avistaram então Renato que já se preparava para sair com sua mãe e outros familiares em busca deles. Porém não foi preciso, estavam todos ali; cortados pelo mato, marcados pelas plantas venenosas, marcados pelo medo, mas estavam ali, sãos e salvos.

No decorrer do dia, o bairro inteiro só comentava o que havia ocorrido naquela floresta. Durante o show da banda Olodum houve um assalto, o que explicava a presença dos policias naquele lugar. Os caçadores de manga não foram os únicos a serem detidos pela policia naquele dia, houve ainda a prisão de outros garotos que estavam na floresta, mas que não tiveram a mesma sorte deles. Muitos foram detidos em um módulo policial da comunidade como suspeitos do assalto. Neste dia houve uma grande mobilização dos grupos organizados da comunidade para libertá-los.

Felizmente o dia acabou bem para todos.

Esse acontecimento foi assunto de rodas de conversas ainda por vários dias na comunidade e desta forma marcou o final de uma grande aventura da infância destes garotos. Os quais dizem que a história apesar de sinistra, será contada para os seus netos.

Poesia


QUERER E NÃO QUERER

Não quero mais...
A rotina fatigada
Que a mente esmaga
E amplia a solidão
Quero o tropeço do cego
A andar no mundo incerto
Destemido na imensidão

Não quero mais...
Sofrer em silêncio sozinho
Mascarar a dor que destrói
Chorar no vazio só
Quero...
Falar que estou sentido dor
Dizer que preciso de amor
Eternizar o pôr do sol

Não quero mais...
A força ilusória que sempre me guiou
A soberba egocêntrica que disfarça a minha dor
A segurança insegura do calar
Quero...
A vida repleta de incerteza
A loucura cheia de nobreza
A coragem incerta do falar

Quero...
Amar e dizer que amo
Poder chorar em algum ombro
Viver sem medo de errar
Não quero mais...
A hombridade que me mata
Nem a obrigatoriedade que me devasta
E a solidão que escolhi pra nada

Quero sim o fortuito que liberta
Quero contar com a sorte
Quero destemer a morte
Quero ser útil na vida incerta!
Quero esquecer o não querer
Quero o querer sem temer.



Poesia

ASSIM TA BÂO

Amor
Me escuta bibelô
Faz o que te peço
Sei que a tevê não te vê como te vejo
A sociedade não te aceita como te aceito
Mas, por favor assim ta bão
Não alisa não

Sei que tua labuta te faz pressão
Sei que tua mãe não te quer assim
Mas, olha pra mim
Enlaçado, encaracolado, embaraçado
Eu gosto assim, só no blackão
Embebeda meu coração
Assim ta bão
Não alisa não

Não conquistamos a liberdade?
Então...
Não olha pra Pituba
Olha pra Liberdade
Lá está refletida nossa identidade
Vai deixa o blackão
Assim ta bão
Não alisa não


Ô preta não faço verrina
Você é minha sina
Olha só meu amor
É como nas tranças de Bintow
Você está no auge da sua beleza exterior
Ô pretinha! Animação!
Assim ta bão
Não alisa não


Então vamos assim
Ilê Ayê?
Afoxés?
Olodum?
Por quê?
Porque carnaval é segregação
Chiclete não
Sentir-se em casa que é bão

Poesia

CALABAR, 30 ANOS DE LUTA ORGANIZADA


O Calabar está fazendo 30 anos de luta e resistência
Agradeço aos nossos heróis
por lutarem por sua sobrevivência.

Por muitas vezes tentaram de nossas casas nos expulsar
Mas pela frente encontraram uma muralha chamada Calabar

Surgida de um quilombo.
Herdamos a coragem de negros fortes e resistentes
Nosso escudo é a união
Nossa bala o ideal inteligente

30 anos, só o começo dessa comunidade persistente
De geração a geração.
Temos mais de um trilhão de anos pela frente
Calabar também sou eu, guerreiro sobrevivente.

Poesia

Eu recito poesia

Recito porque posso me expressar
Recito porque posso protestar
Recito porque posso tirar de mim
Toda expressão provinda dos meus
Profundos sentimentos
Choro, alegria, ira
Tempestade, ventos, calmaria

Recito para declarar meu amor
Recito para expulsar minha dor
Recito para agradar
E até mesmo para incomodar
Aqueles que a minha poesia pretende alcançar
Recito para dizer ao mundo:
Ali estive, aqui estou!

Eu recito poesia
Para dizer que a vida não é vazia
Para quem não goste de ler
Ao menos goste de ouvir
Para senti e transmiti
O que há nas letras
E o que há em mim
O que há na terra
E o que há no mar
O que há nas florestas
E o que a no AR
Eu recito poesia porque me chamo
100% Calabar

Poesia

EU VI


Uma criança de fome chorando
Uma velhinha sozinha esmolando
Um jovem rapaz
No lixo se alimentando

Eu vi a sociedade segregar-se em dois mundos
Eu vi o noticiário
Fazer piadas com políticos corruptos
Eu vi a globalização dominar o mundo

Eu vi cada vez mais distante os dois mundos
Eu vi o pobre e o imundo
Eu vi o rico e o luxo

Eu vi o capitalismo substituindo o amor
Até na fé pra curar a dor
Ele tem que te acompanhar

Eu vi as palavras perderem sentido
Família, empresa
Dinheiro, justiça
Carro, carinho
Esperança? Essa talvez não mude.

Poesia

EGO MEU


Que coração louco

Que louco coração

Frio e duro como uma pedra de gelo

Não há nada que o possa penetrar


Nem o máximo das volúpias

Nem mesmo a deusa vestal

Nem sereias, nem Afrodite

Nem seriedade nem meninice

Que nem este coração não há igual


Não sei se isso é bom

Ou se é mal

Outrora penso que é bom

Pois, protejo-me de eventuais sofrimentos

Outra penso que é mal

Pois, o açúcar e o sal

Dizem que é bom provar


Mas como me entender

Ás vezes tenho vontade de me vituperar

Olhar para o mundo e vociferar

-Eu quero amar!

-Eu quero amar!


Mas não dá...

O meu coração não tem lugar

Pra se ocupar com outra coisa

Que não seja eu

Poesia

Caminhando

Caminhando contra o vento
Passeando pela mata
O dia já passou
Da noite
Vem a madrugada

Caminhando solitário
Sozinho eu não estou
Caminho com meu Deus
O mensageiro do amor

Caminhando pelo mundo
Uma amiga eu encontrei
Não sei se é o amor
Que tanto eu desejei

Eu não sei se é verdade
Esta história que amizade
Toma o peito
Invade a alma...
Rouba até a liberdade.

Eu não sei se é amor
Esta história de paixão...
Alegria, alegria
Dentro do meu coração

Andarilho aventureiro
Uma pessoa encontrei
Perdi-me em outro mundo
Que antes nunca imaginei

Eu não sei se é amor
Esta história de paixão
Alegria e tristeza...
Dentro do meu coração

Poesia

O amor não é tão bom assim

O amor não é tão bom assim
Invade sem pedir
Te acorrenta te aprisiona
Te mantem alienado e te impressiona

Eu quem o diga
Macho Alpha!!!
Dono de mim!!
Eu que nunca te conheci
Eu que nunca quis te conhecer
Agora em seu poder
Não consigo me desprender

Oh! Sentimento paradoxo
Você não é bom!
Sádico como diabo ciumento
Corrobora este misero sentimento
Preenche meus pensamentos

Oh! Amor!!
Você é um vírus destruidor
É ladrão saqueador
Mágico iludidor
Só se chama amor
Pra rimar com dor

Poesia

EM TEUS OLHOS


Tento desvendar você

E o meu álgido coração

Na minha doce ilusão

Sinto ele aquecer


Em teus olhos

Vejo que você me ver

Fecho os olhos e tento te esquecer

Abro os olhos

E tento encontrar você


Não sou beócio

Mas sempre insórdido(Duro de coração)

Mas, nos seus olhos

Perdi o lógico


Em teus olhos

Não percebo nada...

Talvez a lente transparente

Que eu nunca reparei

Será o mais próximo que chegarei

Olhos misteriosos... Que perscrutei!